quinta-feira, 27 de outubro de 2016

o padre me manda um aviso, doze badaladas. meu ouvido é um agente infiltrado. minha religião é esse assobio do vento, que fez escala na Patagônia.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

um dia conheci um poeta
à época era uma ilha
hoje vulcão, desativou-se
mero homem que boia

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

(à mes amis)
quando você nota que acostumou-se com a saudade
já é tarde
queria uma concha que levasse algo além do barulho do mar...

Mar ao sul


Graças por dar o teu bom presente ideal
é o estado de estar ascendendo à calma
onde tudo já vi antes mesmo do tempo
Já estamos tão perto
De alvorecer
deixa a pandorga ao vento esquecer o cordão
na imensidão azul
O mar ao sul
é o meu rincão

* música perdida entre os 2004

terça-feira, 4 de outubro de 2016

sempre que tardas, ardo. e regressas, pelo crepitar das brasas. não é mais acalanto. sonho flamejante.
alta madrugada, um homem passa pela rua declamando poesia aos mortos. não pede votos, mas já é meu candidato.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

teu espirro é o cupido, quando tudo que necessito é um resfriado, para desfrutar o amanhã ensolarado, enredado em cobertores e lençóis, de febre e atestado médico.
a lua é só um satélite, que agora, concretamente, escreve estas linhas.