terça-feira, 28 de novembro de 2017

passamos um bom tempo ensinando nosso primeiro filho a ir sozinho para a cama. agora, com o segundo, toda vez que lhe entrego ao leito, acalentado e protegido, amado, mimado, cheio de paz, serenidade e sonolência, sofro uma faísca de angústia no peito. ele já dorme sem o meu zelo, já sonha cenários onde não estou (sequer para dar um aceno).

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

a menta mente que é quente
enquanto refresca
ardente

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

no centro da cidade há um arranha-céu de frente para o parque. o melhor (porque único) parque do centro. o morador do prédio fez questão de comprar ali, pois tem vista para o parque. que ele já não frequenta pois está inseguro. a vista é linda. apesar da sombra que o prédio projeta. mas a sacada é ensolarada. o brasil é esse apartamento. e estamos presos nele. só nos sobrou a vista (com direito a banho de sol). estamos inseguros e tudo que erguemos faz sombra. e parece que vão começar a servir canapés, ao som de Geraldo Vandré...