terça-feira, 25 de novembro de 2008

porvir

aprendo tanto contigo
todo dia.
Rejuvenesço enquanto cresces.
Logo encontraremos idades
numa descontínua esquina da vida.
Não nos quero apressados, ou de partida
porque temos muito o que contar
sobre nossas impressões de ontem.

...

?en que creen
los que
no creen?

terça-feira, 18 de novembro de 2008

desejo as asas

Procurei
ondas
embalam enquanto a vida passa.
E quanto da vida passará?
E quando a vida pára
meus olhos encontram teus olhos.
Danço a tua danço
quero te crer
te sambar
te saber
te cantar para acima do Sol
Adoração de sonda sideral
em órbita lunar.
Em órbita
na tua pele minha sombra
ofusca teu lado lilás
entre um pecado e um gole de um beijo bom
eis a soma,
nossa fração ideal
Enfrento a gravidade e o alarde da queda
sim
Anjo de luz
Querubim
ao chão pelo desejo imperfeito
de ver o amor
nascer em Si.

sábado, 15 de novembro de 2008

Mañana

Mato um mate.
Amor
Amargo.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Cheia



Tanto tempo sem cantar à lua bela.
Sinfônica, cheia transbordou...
encheu de branco um pátio estéril
nasceram sonhos de algodão.
Ali deitado ao ver estrelas
bebi da luz que ela roubou.
Mas não basta ser, para refletir beleza.
Algo de novo a lua tem
escrava, amante, guia,
mais uma vez nesta janela imensa
tento compreender
tudo que ela inspira, fulgura, faz crescer
tudo em benefício da mesma terra que não a deixa partir...
Eu de lá, ela daqui
a enunciar desejos libertários além céu.
A atmosfera silenciosa, sem pranto, escuta...

domingo, 9 de novembro de 2008

hai cai pir a

por piórcio
que parerça
se ergue´n´mim
a fome

dormingo

Dorme domingo
passatempo, inventa
um dominó moderno.

melanfolia


Tento fugir da armadilha de uma melancolia promíscua,
saudade dor,
lembrar por lembrar.
Procuro um tema célebre entre minhas vidas
para deste arrepio sentido
doce e gélido
erigir beleza e descompasso
numa criatividade latente de viver por mover o acaso.
Tento saborear a arte fecunda de lembranças fúnebres,
de pretéritos rasantes,
brilhantes pelo átimo da memória.
Assim, viso compor nova história,
nunca antes interpretada,
mas presente numa galeria inacessível
desta inconstante caixa de pensar e de pandora.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

volver



Fome de palco
fome de cena mais justa
do que simplesmente este toque
açúcar, plástico, retina seca
de todo dia.
Esta cena vazia
Esta história cumprida
comprida de tão esguia.
Tento não esquecer as notas,
súbito,
esqueço os amigos,
e aprecio tal capacidade.
aprecio a in-corporeidade em mim.
Névoa intensa em que me transformo
quase sempre sem querer
até que pensamento, ou instinto
resolve reunir todos itens ali mais uma vez:
átomos, aura, desejos, carma
vísceras, um balde de gelo, inspirações.
Eu, quase completo à espera de tu,
a espreita de um tempo nem tão deserto,
ou tanto mais ermo quanto possa
ser...
não espero uma sentença linear no momento.