quarta-feira, 29 de setembro de 2010

com algumas soluções fáceis escalo o verbo.
Ah! Se assim fosse com a vida.
Despir em linguagens os dias.
Experimento "E's" com "V's",
consoantes, vogais,
hiatos,
decassilabos!
Dodecassílabos.
Dodecafônicos.
É.
Não parece tão simples...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

o que se dissolve e desprende
de algum ponto ou eixo sensível
do meu corpo alma mente,
dissolvido e imiscuído
entre cosmos tão imensos?
Vidas, entes, passagens?
Intensidades distintas, diversas, esparsas...
Como direcionar faíscas do sensível?
o que são?
mediatrizes d'eu sensório,
máculas,
intempéries,
voôs,
alçados sem medo e sem tempo.
Não os percebo, tampouco sorvo,
ou vejo.
Vivo intenso,
amando,
sendo.
Este imaterial corpo
livre e preso.
calada
chama
inanimada
de desejo.
Que arde ao ar
das rotações,
impermanências
e relatividades.


Não ousaria chamar este todo de amor.
ou
ousaria?

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

T R A N S

Quanto mais esforço
Mais cegueira.
Testa franzida
Neurônios ranzinzas
Neurônios
Rãs cinzas
Sapos mágicos
Selvas
Diálogos.
Raízes ou
Plantas subaquáticas se espalham,
se propagam...
Monólogos de rio Atlântico.
TRANSA

a d o l e s c e n t e

A beleza infantil de fagulha acesa
Bermuda preta
Quem sabe até feia.
Meu coração, ao deparar-se com uma musa, não conhece estéticas.
Não queria sorvê-la, desejá-la ou tê-la.
Só dizê-la.
Contar a si de si e de tudo que emana com tanta euforia e certeza.
Mesmo pudente, num corpo recalcado,
Tímida, corpulenta,
Sóbria ou rígida,
Precisaria saber de tudo isso que eu sei,
Nesta sutil passadela de olhar entre as cortinas do desejo
e as vilanias do apreço.
Despido de qualquer conduta,
ou advertências de pai ou de mestre,
Posso afirmar sobre o corpo e a vida que passam:
Linda como a sombra dos astros numa noite clara!
Irradia elegância e beleza aos assomos de quem
desacordado em vida frenética se distrai.
Perplexo pela simplicidade de um brilho teso,
porque juvenil.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

c a l a d o

O que de minha alma
não transborda em vida,
ainda que inanimada,
Guardo.
Como poeira densa
de poema morto
nestas estantes
infinitas...
Escalas de cor,
harmonia,
tintas.
Sempre outra mirada
a que se achar no horizonte
onde se desvela o eterno
no sossego das horas.
Que passam...
e passam...
e...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A m o u

Do amor, nada entendi.
De amor, comprei algumas ações,
Apostei: "Cético S.A.".
Fali.

Cere belo

Musculação neuro-gastro-filosófica
Hipocampo, hipotálamo, hipopótamo
Hipocamo, ir pro campo e...
descer desesperadamente
esse vazio estrada
tanta palavra.

domingo, 12 de setembro de 2010

wake up

Acordo com o raio.
Ele mente.
Em forma de trovão.
Assume uma fúria que não é sua.
Num trajeto vertical efervescente até o estrondo.
Somos felizes enquanto dormimos.
Acordados gritamos elétricos.
O pânico da terra profunda.