terça-feira, 28 de setembro de 2010

o que se dissolve e desprende
de algum ponto ou eixo sensível
do meu corpo alma mente,
dissolvido e imiscuído
entre cosmos tão imensos?
Vidas, entes, passagens?
Intensidades distintas, diversas, esparsas...
Como direcionar faíscas do sensível?
o que são?
mediatrizes d'eu sensório,
máculas,
intempéries,
voôs,
alçados sem medo e sem tempo.
Não os percebo, tampouco sorvo,
ou vejo.
Vivo intenso,
amando,
sendo.
Este imaterial corpo
livre e preso.
calada
chama
inanimada
de desejo.
Que arde ao ar
das rotações,
impermanências
e relatividades.


Não ousaria chamar este todo de amor.
ou
ousaria?

Nenhum comentário: