cara
tentei tocar aquele
som
mas a voz não saiu
quando
um gelo senti
entre
estômago e garganta
não consegui
tocar ou aceitar
essa dor.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
t e m p e s t a d e
tempestade
um quadro, arte, um ideal
de luto estão
cordas bambas
mataram o violão
quanta euforia
tempo pára quase
se não sobra nada
de pingos de chuva
poças
quem
quando
onde
como
não sabia amar?
essa noite
é de
festa
ou de celebração?
pela vida
um quadro, arte, um ideal
de luto estão
cordas bambas
mataram o violão
quanta euforia
tempo pára quase
se não sobra nada
de pingos de chuva
poças
quem
quando
onde
como
não sabia amar?
essa noite
é de
festa
ou de celebração?
pela vida
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
eu tinha dúvida
quase certeza
de que certo quase culto
a um eu mesmo
um tanto ou mais
inteiro do que o eu
verdadeiro
proviria mais
de uma vontade de
mantê-lo cheio
animado
do que de uma existência
propriamente material
desde que somos um
tento entender
o que penso
fora do teu senso
buscando nesse outro
entremeio
entre eu mesmo
e eu cheio
de nós
acho que existe mais por fé
do que por memória
já não sei se sou mesmo uno
se fui, um dia
pura crença para ter
ao menos
com o que lhe surpreender
nos diferenciar
fugir do espaço
tranquilo e inaudito
do conforto
aquela amizade terna
demais
onde nos conhecemos
permaneço esse
bobo crente
mas desconhecido
a espera do presente
que recrie o
que um dia
(será?)
já tenha sido
só
se é que...
quase certeza
de que certo quase culto
a um eu mesmo
um tanto ou mais
inteiro do que o eu
verdadeiro
proviria mais
de uma vontade de
mantê-lo cheio
animado
do que de uma existência
propriamente material
desde que somos um
tento entender
o que penso
fora do teu senso
buscando nesse outro
entremeio
entre eu mesmo
e eu cheio
de nós
acho que existe mais por fé
do que por memória
já não sei se sou mesmo uno
se fui, um dia
pura crença para ter
ao menos
com o que lhe surpreender
nos diferenciar
fugir do espaço
tranquilo e inaudito
do conforto
aquela amizade terna
demais
onde nos conhecemos
permaneço esse
bobo crente
mas desconhecido
a espera do presente
que recrie o
que um dia
(será?)
já tenha sido
só
se é que...
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
terça-feira, 13 de setembro de 2011
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Tento não ser cáustico ao tomar gota e palavra por falta de sono. Mas parece que o humor sempre desafia o verbo a melancolia. Gostaria de contar futilidades sobre fraldas sujas, sorrisos efêmero-eternos, paz interior. De fato, seria indicado cultivar deus sempre assim, na imaterialidade que lhe faz presente, ou na impossibilidade da língua, profusão do gesto. Uma fé que se habilita pelas carícias com o destino ou com o desejo, conforme o rigor do inverno. Seria sensível com o próprio autor, ter a sinceridade como fundo da colheita, ou ao menos, tecê-la reverenciando frutos e não heras. O que motiva nem sempre surge do próprio umbigo, anima o espírito, ou assemelha-se a uma imagem competente. Cresce a mentira, a medida em que descrevo minha verdade, mais docemente. Em detalhes. Porque eles, de fato, não me preenchem, são pura brochura, onde o Barroco já não tem vez. E se valesse a pena, contar segredos e galardões aos que passam desavisados pelo meu mundo, eu seria um pouco menos ou pior, do que o arremedo cego de rima rica que não se quer recitada. É assim, bolsa sem alça, pesada, que despejo aleatoriamente o sentido d'eu mesmo, mas não o que vive e transborda, mas aquele que sobra. Rancoroso na origem, pela carne que deixa de adoecer diariamente, pela felicidade inenarrável que visita este mesmo corpo, fruto da impermanência, ou da dialética (como preferirem os transeuntes).
terça-feira, 6 de setembro de 2011
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