quinta-feira, 27 de maio de 2010

In taberna quando summus

Meia hora até a última cerveja
Meia vida, última ceia
Meio vida, meio cheia
Inteira
Só meia hora e meia.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

oito de janeiro de dois mil e nove

Uma nuvem chamada cultura.
Evaporamos.
De nossa sublimação a terra se alimenta
Verdeja
Isenta de intenção,
Uma relva tênue de simples existência.
Adiante floresce, engrandece,
Irrompe.
Toma seu lugar na atmosfera,
Desloca partículas,
Assimila carbonos;
Se conecta,
Se projeta,
Se extingue.
Transubstanciação incondicional.
E a chuva, aos poucos, acalma o tempo
Desviando dos objetivos
As horas.

domingo, 16 de maio de 2010

Há tanto amor no meu quintal
De sorrisos e petúnias.
Se foram os pardais
Se escondem entre os girassóis
Meninas.
É primavera
Brotam canções
Perfumam o ar
As árvores.
Uma flor do ipê
Caiu porque
O seu voar
É o desabrochar
P'rum querer bem.
Pena eu estar tão melancólico.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

nado 36 horas tentando alcançar a beira
paro, deito sobre o mar onde bóio absorto
penso, cansado de tanta aguaceira:
antes merda do que morto.