o medo cerca a infância
o medo cerca a adolescência
o medo cerca a idade adulta,
a velhice, a morte, a chegada em Valhala
e enquanto isso, temo não ser um bom pai
o melhor pai do ano
(ou algo que o valha)
"quando vê já chegou"
comenta o Henrique em relação a velhice
e nos vejo barbudos
cientes, sapientes, medrosos
como nunca antes
como sempre
como sempre
mas zelosos pelo bom afago e humor
há mesmo uma vida pela frente?
(ou ela se foi de vereda, ficou no retrovisor)
sábado, 20 de abril de 2013
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Neruda y Coltrane
ardente paciência
nas horas calmas do perdão
ausência e consciência
supremo amor
sublimação
desconfortar confortável
saudade ardor
lira em teus braços
o continente e o solista
o sóbrio e o desequilibrista
uma ilha em flor
oceano à vista
a transpor naufragar
superar conquistar o mar
devo arriscar
eu a isca?
nas horas calmas do perdão
ausência e consciência
supremo amor
sublimação
desconfortar confortável
saudade ardor
lira em teus braços
o continente e o solista
o sóbrio e o desequilibrista
uma ilha em flor
oceano à vista
a transpor naufragar
superar conquistar o mar
devo arriscar
eu a isca?
sexta-feira, 5 de abril de 2013
quinta-feira, 4 de abril de 2013
Se todos são poetas na adolescência
(como diz Leminski)
que adolescente sou eu nessa poetessência sem fim?
que sequer um silogismo sei decifrar?
vivo vejo tudo em quinta potência
com os ânimos puberlibidinosos
de minhas tardes virgens no Nepal
conviva do gelo egocreptocêntrico da timidez mais rude
abocanhando, a rubra face, todos os beijos e lenços pelo caminho até aqui
hoje, tento rasgar o ventre feminino da poesia
pra ver morrer o homem e nascer o nome
adultecer?
(como diz Leminski)
que adolescente sou eu nessa poetessência sem fim?
que sequer um silogismo sei decifrar?
vivo vejo tudo em quinta potência
com os ânimos puberlibidinosos
de minhas tardes virgens no Nepal
conviva do gelo egocreptocêntrico da timidez mais rude
abocanhando, a rubra face, todos os beijos e lenços pelo caminho até aqui
hoje, tento rasgar o ventre feminino da poesia
pra ver morrer o homem e nascer o nome
adultecer?
segunda-feira, 1 de abril de 2013
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