quinta-feira, 4 de abril de 2013

Se todos são poetas na adolescência
(como diz Leminski)
que adolescente sou eu nessa poetessência sem fim?
que sequer um silogismo sei decifrar?
vivo vejo tudo em quinta potência
com os ânimos puberlibidinosos
de minhas tardes virgens no Nepal
conviva do gelo egocreptocêntrico da timidez mais rude
abocanhando, a rubra face, todos os beijos e lenços pelo caminho até aqui
hoje, tento rasgar o ventre feminino da poesia
pra ver morrer o homem e nascer o nome
adultecer?


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