quarta-feira, 29 de outubro de 2008

cai

Não encontrei a nem b
caminhando
pela Feira do Livro.

domingo, 26 de outubro de 2008

aguante la musica



Ouvindo este novo cd do pexbaA me deu saudade de muita coisa. As excursões com a SOL, a primeira vez que vi um show deles, pelo menos inteiro, que foi lá em Curitiba, no Teatro Paiol. Aliás, um teatro, apesar de meio abandonado na época, cheio de mística, lindo, uma arena pra lá de climática. Lá dentro estava tudo tão perfeito naquela noite, com público quente. Tocar ao lado de bandas como Wandula e pexbaA, nossa! Foi absolutamente mágico. Aí, ao longo deste dia, passei a conhecer as pessoas por trás das músicas e aí tudo fica muito maior, mais importante, as palavras, ou as notas ganham muito mais sentido, é um sentimento meio absurdo. Porque acho que música é sobre humanidade, apesar de toda natureza vibrar na forma de melodias, a expressão humana da música é algo que nos aproxima, uns dos outros. Numa espécie de coletividade, parecida com a das células, assim, todas ali, juntinhas, combatendo, indo pra lá e pra cá, tapando buracos, lutando contra invasores, estas coisas. Quando pessoas que musicam se encontram e vibram juntas, não tocando, mas sim vivendo, se integrando, se conhecendo, formulando teorias a respeito da vida, se admirando, enfim, se amando, porque não, parece que buracos do mundo estão sendo tapados, concertos estão se realizando, ou a humanidade está entendendo mais de si mesma num ato simples de idéias cambiantes... tudo isso me passou, enigmas da saudade de musicar, ou de estar junto de amigos, de estar com o pé na estrada ou de estar vivendo uma constante e cortante estrada dentro do peito. O caminho leva a um caminho, que chega numa porta, que abre para uma ponte, que cruza um rio, que corta um cidade, que some no horizonte, que gira com a Terra, que atravessa o cosmo de forma contínua... espero o movimento das estrelas para revê-los.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

e assim...



Presentes
que embelezam tardes frias
Inesperados
presentes
na ausência de um dia
na ardência de um desejo veemente
de ver-te,
de rever-te,
de ter-te,
de ser-te
sereno
verde,
como a bruma imaginário de sonho estranho.
Ausentes
todos os sentidos
Ausentes
na presença dos amigos.

o furo é mais embaixo



Esperamos a próxima tragédia. Desde que tenha público, bom lugar para posicionar as câmeras, fácil acesso, posto para curiosos, um pátio, ou jardim para o pessoal da imprensa esticar pernas e bocas. Uma boa cobertura, vários ângulos, TV com papel de polícia, polícia com papel de vítima, delinquente com papel de estrela principal, vítima como figurante e o público pagando com sua irreprimível necessidade de aliviar as próprias tensões na dor e na desgraça do vizinho.

Tudo pode, só não no meu!
Imagino cobeturas espetaculares em tempos de Gengis Kahn ou César, muito mais apelo, até porque a declaração universal dos direitos humanos ainda não tinha sido escrita e não era tão imoral rir da infelicidade alheia. Haja estômago para ser humano, viu?!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008