domingo, 26 de outubro de 2008

aguante la musica



Ouvindo este novo cd do pexbaA me deu saudade de muita coisa. As excursões com a SOL, a primeira vez que vi um show deles, pelo menos inteiro, que foi lá em Curitiba, no Teatro Paiol. Aliás, um teatro, apesar de meio abandonado na época, cheio de mística, lindo, uma arena pra lá de climática. Lá dentro estava tudo tão perfeito naquela noite, com público quente. Tocar ao lado de bandas como Wandula e pexbaA, nossa! Foi absolutamente mágico. Aí, ao longo deste dia, passei a conhecer as pessoas por trás das músicas e aí tudo fica muito maior, mais importante, as palavras, ou as notas ganham muito mais sentido, é um sentimento meio absurdo. Porque acho que música é sobre humanidade, apesar de toda natureza vibrar na forma de melodias, a expressão humana da música é algo que nos aproxima, uns dos outros. Numa espécie de coletividade, parecida com a das células, assim, todas ali, juntinhas, combatendo, indo pra lá e pra cá, tapando buracos, lutando contra invasores, estas coisas. Quando pessoas que musicam se encontram e vibram juntas, não tocando, mas sim vivendo, se integrando, se conhecendo, formulando teorias a respeito da vida, se admirando, enfim, se amando, porque não, parece que buracos do mundo estão sendo tapados, concertos estão se realizando, ou a humanidade está entendendo mais de si mesma num ato simples de idéias cambiantes... tudo isso me passou, enigmas da saudade de musicar, ou de estar junto de amigos, de estar com o pé na estrada ou de estar vivendo uma constante e cortante estrada dentro do peito. O caminho leva a um caminho, que chega numa porta, que abre para uma ponte, que cruza um rio, que corta um cidade, que some no horizonte, que gira com a Terra, que atravessa o cosmo de forma contínua... espero o movimento das estrelas para revê-los.

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