duas esfinges me devoram
por um punhado de mistérios
elas tem tudo tão ligeiro
do jantar ao travesseiro
segunda-feira, 28 de maio de 2012
quinta-feira, 24 de maio de 2012
d' um fotolog perdido
O movimento dá asas
e as despedidas pegadas.
E nesse espaço entre algo e alguma coisa
nasce toda certeza sobre o eu estático.
Basta cessar já desconheço o que aprendi na viagem.
Tenho a impressão de estar sempre de partida,
e tenho a ilusão de ver um futuro novo em cada dobrinha do firmamento.
E sigo, caminhos percorrendo,
quase sempre percussivos
impiedosos,
sem silêncio.
Porque o silêncio mora oculto no caminho.
O eu parado é só ruído.
Seguem-me as chamas descobertas na estrada.
E fecho a porta, e a vida é nada.
Porque a ânsia de partir é sempre maior que o sentido de chegar.
E tudo se acumula, imperceptivelmente
Até o dia caridoso de minh'órbita...
ligado 16 novembro 2005
e as despedidas pegadas.
E nesse espaço entre algo e alguma coisa
nasce toda certeza sobre o eu estático.
Basta cessar já desconheço o que aprendi na viagem.
Tenho a impressão de estar sempre de partida,
e tenho a ilusão de ver um futuro novo em cada dobrinha do firmamento.
E sigo, caminhos percorrendo,
quase sempre percussivos
impiedosos,
sem silêncio.
Porque o silêncio mora oculto no caminho.
O eu parado é só ruído.
Seguem-me as chamas descobertas na estrada.
E fecho a porta, e a vida é nada.
Porque a ânsia de partir é sempre maior que o sentido de chegar.
E tudo se acumula, imperceptivelmente
Até o dia caridoso de minh'órbita...
ligado 16 novembro 2005
quarta-feira, 23 de maio de 2012
tinha uma música
minha também
um texto sobre um texto
contava a aventura
de uma formiga
perdida quando transportada
por um caminhão de lixo
o aterro era seu novo paraíso
mas ela acabava assim:
(com um verso Pignatárico)
"do que me vale
todo luxo do lixo
se meus amigos
não estão
presentes"
um poeminha infantil
como bem sabe ser o pensamento
adolescente que se acredita adulto
embora memória esparsa
empoeirada, desmagnetizada
aprisionada em fita K-7
no fundo de uma gaveta
o fragmento se ressignificou
nessa manhã
quando dentro da romã
notei um mundo
a frase com sabor de quinze anos
inundou os sentidos
fez vibrar essas crendices faceiras
que se reaprendem
a cada colheita
enquanto a existência parece assim
essa fruta escancarada para a vida
com tudo aquilo que ela pode ser
entre bichos e sonhos e asas de cera
foi quando aprendi a tentar escrever
como refúgio
na tentativa incólume
de guardar uma ou outra semente
há, hoje, um suave aroma
um suco que evapora
restolho na ventania
mas que ainda flerta e musica
sua seiva obsessiva
de tanta adolescência
revivida
terça-feira, 22 de maio de 2012
segunda-feira, 14 de maio de 2012
"sessão de laser para olheiras"
mensagem endereçada a Caim
que matou seu irmão Abel
e não mais dormiu
em Guantánamo
no ipod:
discursos de Fidel
palestras criativas
entre celas e salas de sol
mais perfeitamente céu
fruto do poder da criação
ou do grande irmão
olho que tudo vê ou crê
poder vingar-se
você aí, nessa câmera
é Abel, meu irmão?
é Abel? meu irmão
morto
é
mensagem endereçada a Caim
que matou seu irmão Abel
e não mais dormiu
em Guantánamo
no ipod:
discursos de Fidel
palestras criativas
entre celas e salas de sol
mais perfeitamente céu
fruto do poder da criação
ou do grande irmão
olho que tudo vê ou crê
poder vingar-se
você aí, nessa câmera
é Abel, meu irmão?
é Abel? meu irmão
morto
é
sexta-feira, 4 de maio de 2012
quarta-feira, 2 de maio de 2012
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