quinta-feira, 24 de maio de 2012

d' um fotolog perdido

O movimento dá asas
e as despedidas pegadas.
E nesse espaço entre algo e alguma coisa
nasce toda certeza sobre o eu estático.
Basta cessar já desconheço o que aprendi na viagem.
Tenho a impressão de estar sempre de partida,
e tenho a ilusão de ver um futuro novo em cada dobrinha do firmamento.
E sigo, caminhos percorrendo,
quase sempre percussivos
impiedosos,
sem silêncio.
Porque o silêncio mora oculto no caminho.
O eu parado é só ruído.
Seguem-me as chamas descobertas na estrada.
E fecho a porta, e a vida é nada.
Porque a ânsia de partir é sempre maior que o sentido de chegar.
E tudo se acumula, imperceptivelmente
Até o dia caridoso de minh'órbita...




ligado 16 novembro 2005

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