quarta-feira, 25 de agosto de 2010

y fuga

Para onde fujo...
sempre esse imaterial porto.
Errante.
Do que vale?
Aquelas seguranças que mais nos seduzem,
porque deixam fugir;
na sobrecarga das horas.
Gracejos oportunos, mas não suficientes.
Não para tão misterioso mar.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

ali

Dentre todas histórias que contei.
Mentiras, sobressaltos,
vôos.
Nada se delimitou no tempo.
Tranbordando sempre
nestes atos de memória
insalubre.
Será que posso me orgulhar disso?
Deste doce e pequeno desterro
que se extingue pelo desfrutar das horas.
Novos estímulos que vão ocupar aqueles mesmos lugares.
Confundindo prazeres com desejos,
mulheres com músicas,
campos com janelas altas.
Tanta eletricidade desestabiliza o presente,
pretérito que mora ao lado.

A frente, acho.

Quando eu for, que esta corrente abasteça outra fonte.
Quer seja
de água
ou de sede.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

solitude

Anda sem ninguém camará
nas ruas da solidão
ama só quem te amará
e não se arrepende
de amargar
vida de Amaralice
amar ansiosamente
amor
de Dandara.

domingo, 15 de agosto de 2010

e os lábios não atendem
aos pedidos mais veementes.
Boas viagens
Beijos ardentes
Apenas despedidas
no contraluz
dos versos.

fruto da persistência
descemos até o esôfago.
Estamos muito maiores
do que qualquer
inspiração.

Mas as rotinas nos engolem
chorando.
Sim.
Chorando mais uma vez.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Tantas letras jazem
entre outras tantas
sílabas órfãs...
tudo por dizer,
ainda,
na ineficiência
do vocábulo.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Será que mesmo numa noite dessas
(onde estou um trapo, baixa auto-estima
e o azar acima das expectativas)
a morte ainda me persegue.
(fora os - 8 graus lá fora)

Despiste.
Não quero me tornar um pensador!!!!
Sempre me achei um amante
até que razoável...
que água é essa?
que me liga a tanta gente que nem sei o nome.
Nos banhamos.
E somos felizes.
Sempre que compartilhamos instantes
que sobrevivem além
do efêmero acaso.
A vida frutifica sem sabermos.
Cativos ou prisioneiros,
navegamos....

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

avesso a tudo que
sempre percebi e criei
me enxergo na neblina.
nos espaços que não preencho.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

se eu ainda percebo
se ainda persigo
o medo vem me visitar
ao Norte
de tudo
imaterial
que se concentra
no tênue
e absoluto
sentimento
d'eu mesmo.
Talvez seja o
passo que falta?
Talvez...

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Ainda estão bons
meus pensamentos
na direção do que
não me pertence.

Ferrugens
formam
sombras
atreladas
a carnes
menos
dignas
do que
sais
de
ferro
e sangue.
Saudade é samba
na minha veia.
Pulsando insistente
sangue cancioneiro
de passagem.
De seguir viagem
só pra dizer,
ou não dizer,
Adeus.

domingo, 1 de agosto de 2010

de tanto mentir
acreditei
nessa verdade rompante
que criei
esse absurdo cosmo
chamado mundo
tão profundo
e tão escuro
que até parece
o lado bom da lua.
O que ainda não nos pertence.
E permanece
falsamente
puro
repleto de pureza
fajuta.
Minto e imagino
a um só tempo
sempre.
Cercado de veneno
entre...