eu olho você me captura
musa nua sem matéria
sombra branca
entre (atre)vida
aguardo encontro
porquanto morro
atrás de um só breu
que facilite o erro
habilite a carência
como utensílio doméstico
enviesado
terça-feira, 30 de outubro de 2012
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
extraio
até o último frêmito
o eu objetivo
que não tem tempo
para beijar
deitar no mar doce o puro sal
eu sistêmico
rejeita coração
pulsa por complacência
ama por indiferença
cobra caro
as feridas em pus
as gonorréias
as Nefertites
as Vênus constirpadas
e nas madrugadas
qual Maria (do João)
se revela um podre poeta
com bafo parnasiano
romântico predicado
adjetivo inconformado
pela escrita não conforme
desforme?
uma coletânea de novas expressões nos espera
o armário é frondoso
as traças sequer o circundam
o perfume exala fresco
lavanda do Nepal
filosofia rarefeita
só no nível do mar
só na cidade perfeitamente
concebida para o drama
e o isolamento
para o porre do pijama
e a engomada eucaristia
do texto
não sei mais
porque não me expresso
a língua já morreu
tento crer em Dalai Lama
que toma mais cevada do que eu
que meditando alcanço a chama
o olho mágico, deus
deito e morro um terço
o resto tem compromisso as seis
até o último frêmito
o eu objetivo
que não tem tempo
para beijar
deitar no mar doce o puro sal
eu sistêmico
rejeita coração
pulsa por complacência
ama por indiferença
cobra caro
as feridas em pus
as gonorréias
as Nefertites
as Vênus constirpadas
e nas madrugadas
qual Maria (do João)
se revela um podre poeta
com bafo parnasiano
romântico predicado
adjetivo inconformado
pela escrita não conforme
desforme?
uma coletânea de novas expressões nos espera
o armário é frondoso
as traças sequer o circundam
o perfume exala fresco
lavanda do Nepal
filosofia rarefeita
só no nível do mar
só na cidade perfeitamente
concebida para o drama
e o isolamento
para o porre do pijama
e a engomada eucaristia
do texto
não sei mais
porque não me expresso
a língua já morreu
tento crer em Dalai Lama
que toma mais cevada do que eu
que meditando alcanço a chama
o olho mágico, deus
deito e morro um terço
o resto tem compromisso as seis
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
sábado, 6 de outubro de 2012
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
no paraíso e no retiro
de minhas expectativas
encontro certa autossuficiência
pouca ciência
reminiscência
companhias demais para um verme adicto
vim a pé de minha última morada
comprei uma bicicleta para a empregada
cuspi nos pássaros
cusparada letrada
e queros-queros
pedantes soletraram inconstitucionali...
não há constituição
não a constituição
de outra ordem penitente
isso pelo mero e eterno despudor
pelo velho e etéreo vigor
em viver as expectativas
as perspectivas mais modernas
de toda nudez
sadia e castigada
toda
mesmo calada
velada
ao meio
pelada
de minhas expectativas
encontro certa autossuficiência
pouca ciência
reminiscência
companhias demais para um verme adicto
vim a pé de minha última morada
comprei uma bicicleta para a empregada
cuspi nos pássaros
cusparada letrada
e queros-queros
pedantes soletraram inconstitucionali...
não há constituição
não a constituição
de outra ordem penitente
isso pelo mero e eterno despudor
pelo velho e etéreo vigor
em viver as expectativas
as perspectivas mais modernas
de toda nudez
sadia e castigada
toda
mesmo calada
velada
ao meio
pelada
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