... e quando a poesia acontece
alegrando
me entristece.
quinta-feira, 31 de março de 2011
terça-feira, 29 de março de 2011
s u p e r f í c i e
Quero a vitamina da romã
como já quis em teus cabelos
me enredar
Mas um morango sempre
tão perfeitamente rubro
se intromete
Quando no escuro dos desejos
queremos mergulhar
e nos manchar
e desmanchar.
como já quis em teus cabelos
me enredar
Mas um morango sempre
tão perfeitamente rubro
se intromete
Quando no escuro dos desejos
queremos mergulhar
e nos manchar
e desmanchar.
segunda-feira, 28 de março de 2011
c o n t r a d i t a d o
atraio e subtraio ao mesmo tempo
amoródio que atormenta
e embala em iguais medidas
nossas vidas nulas.
amoródio que atormenta
e embala em iguais medidas
nossas vidas nulas.
segunda-feira, 21 de março de 2011
u m s i m p l e s b l o g
o arremedo de vida
poética que eu tenho
vem sendo moído pelos bits.
mesmo diante da maior lua cheia
dos últimos tempos
fiquei restrito aos teclado
ineficientes e inexpressivos
que me olharam sóbrios
e soberanos
sobre a soberba
da palavra exata
calada e morta na boca.
nem o silêncio era reverência
mas pura falta de condições
ao canto, a poesia
ou ao gesto mudo
simplesmente.
migrei para a estratosfesa
do ego digital
que tudo tem absorvido
onde a pureza celibatária
de um possível sentido interior
se torna a masturbação
frenética na busca de
uma paz que é pura
convulsão volátil.
poética que eu tenho
vem sendo moído pelos bits.
mesmo diante da maior lua cheia
dos últimos tempos
fiquei restrito aos teclado
ineficientes e inexpressivos
que me olharam sóbrios
e soberanos
sobre a soberba
da palavra exata
calada e morta na boca.
nem o silêncio era reverência
mas pura falta de condições
ao canto, a poesia
ou ao gesto mudo
simplesmente.
migrei para a estratosfesa
do ego digital
que tudo tem absorvido
onde a pureza celibatária
de um possível sentido interior
se torna a masturbação
frenética na busca de
uma paz que é pura
convulsão volátil.
domingo, 20 de março de 2011
segunda-feira, 14 de março de 2011
M a n h a t i h n a m e n t e
Tudo que eu sabia ser
era um arremedo de jazz
numa Nova Iorque imaginada
que me pré-existiu e
ultrapassou como um tempo
que avança e desobedece
leis naturais e materiais,
fruto do assombro da percepção
do homem pelo homem.
era um arremedo de jazz
numa Nova Iorque imaginada
que me pré-existiu e
ultrapassou como um tempo
que avança e desobedece
leis naturais e materiais,
fruto do assombro da percepção
do homem pelo homem.
sexta-feira, 11 de março de 2011
s í n t e s e
quando puro fragmento
me reúno no canto escuro
d'eu mesmo
um lugar inventado
pelos monstros.
me reúno no canto escuro
d'eu mesmo
um lugar inventado
pelos monstros.
d e p a s s e
procuro sentido
para tamanhho trânsito
pela janela do ônibus
à beira da estrada
vislumbro uma capela
memória póstuma
de extinto movimento terreno
será que a alma já chegou?
para tamanhho trânsito
pela janela do ônibus
à beira da estrada
vislumbro uma capela
memória póstuma
de extinto movimento terreno
será que a alma já chegou?
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