neve derreteu
antes d'eu preparar
espírito para vê-la
e água,
já não me surpreende
apesar de
toda essência
segunda-feira, 27 de junho de 2011
sexta-feira, 24 de junho de 2011
quinta-feira, 16 de junho de 2011
quarta-feira, 15 de junho de 2011
um sentimento
extrai o sono
é Violeta
que sobrevoa
aquilo que a alma
ainda espera alcançar
embora pareça cansada
de tanto sonhar
com as esperanças
etéreas de um lugar
onde música e vida
se fundem...
se permitem brisa e mar.
Não.
inda não é aqui
no meu peito
que vive
um homem melhor
do que o de ontem.
sou o mesmo
parado e perdido.
com a razão,
mas sensível
porque puro de coração.
embora lento de raciocínio
e trôpego
graças ao falso
estado de calamidade
da arte pela arte.
pinto sem as mãos
com as pálpebras no chão
aquilo que
dentro de mim
resistiu ao pop
corn
extrai o sono
é Violeta
que sobrevoa
aquilo que a alma
ainda espera alcançar
embora pareça cansada
de tanto sonhar
com as esperanças
etéreas de um lugar
onde música e vida
se fundem...
se permitem brisa e mar.
Não.
inda não é aqui
no meu peito
que vive
um homem melhor
do que o de ontem.
sou o mesmo
parado e perdido.
com a razão,
mas sensível
porque puro de coração.
embora lento de raciocínio
e trôpego
graças ao falso
estado de calamidade
da arte pela arte.
pinto sem as mãos
com as pálpebras no chão
aquilo que
dentro de mim
resistiu ao pop
corn
sexta-feira, 10 de junho de 2011
antes da lua
tem uma órbita
e antes da órbita
uma atmosfera
e dentro dela, ar
e tóxicos, verbos e refrões
e antes do oxigênio tem vidro
colado nele uma grade
aí vem a cortina,
mas antes o sensor do alarme
que me toca
junto da tela de proteção
é ela que evita que eu pule
me desmanche no chão
ou tenha dó dos pássaros
porque voam, mas não sem coração
como os aviões e os planetas
velozes, robustos
do outro lado desse cinza anêmico
que me habilita a viver
cara-metade do mundo cruel como só
como só ele sabe ser
em disfarce
disfarçado
disfarçado de cárcere
em disfarce
disfarçado de quase
e de bom
tem uma órbita
e antes da órbita
uma atmosfera
e dentro dela, ar
e tóxicos, verbos e refrões
e antes do oxigênio tem vidro
colado nele uma grade
aí vem a cortina,
mas antes o sensor do alarme
que me toca
junto da tela de proteção
é ela que evita que eu pule
me desmanche no chão
ou tenha dó dos pássaros
porque voam, mas não sem coração
como os aviões e os planetas
velozes, robustos
do outro lado desse cinza anêmico
que me habilita a viver
cara-metade do mundo cruel como só
como só ele sabe ser
em disfarce
disfarçado
disfarçado de cárcere
em disfarce
disfarçado de quase
e de bom
reconto a minha lenda
num quarto de criança
bem arrumado.
enquanto um dorme
outro sonha com o passado...
mas não é mais mera nostalgia
é um retorno, mas com uma dúvida sincera:
será que isso tudo, de fato, aconteceu?
eu vivi? ou hoje é o começo?
no sorriso embranquecido
no ronco de estrondo macio
ecoam margens de um vida que parecia tão vivaz.
até ontem. quando reencontrei meu brinquedo
perdido em noite de chuva
na boca do bicho papão.
num quarto de criança
bem arrumado.
enquanto um dorme
outro sonha com o passado...
mas não é mais mera nostalgia
é um retorno, mas com uma dúvida sincera:
será que isso tudo, de fato, aconteceu?
eu vivi? ou hoje é o começo?
no sorriso embranquecido
no ronco de estrondo macio
ecoam margens de um vida que parecia tão vivaz.
até ontem. quando reencontrei meu brinquedo
perdido em noite de chuva
na boca do bicho papão.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
m a n c h e t e
o acidente foi muito grave
ele viu a morte de perto
mas (não adianta)
não corre risco de viver!
ele viu a morte de perto
mas (não adianta)
não corre risco de viver!
nos tempos de pseudo-famoso
e pseudo-feliz
tive uma pseudo-crença
de que tudo era assim mesmo
pseudomaticamente
perfeito
como Nicole e Pitt
(ah não Cruizes!).
Na verdade, enquanto
a verdade não existia
eu acreditava nela
tanto quanto em mim
perseguindo sua sombra
e meu rabo.
Mero sintoma de um
estado febril de
pré-natal.
e se já não rio como outrora
ao menos sei o real nome
das estrelas
(só as de Holywood, astronomia,
definitivamente, não é comigo).
e pseudo-feliz
tive uma pseudo-crença
de que tudo era assim mesmo
pseudomaticamente
perfeito
como Nicole e Pitt
(ah não Cruizes!).
Na verdade, enquanto
a verdade não existia
eu acreditava nela
tanto quanto em mim
perseguindo sua sombra
e meu rabo.
Mero sintoma de um
estado febril de
pré-natal.
e se já não rio como outrora
ao menos sei o real nome
das estrelas
(só as de Holywood, astronomia,
definitivamente, não é comigo).
nada de novo trago a lhe propor
desejo, solitude, afã, amor
mistério, riqueza, seja lá o que for
só ofereço solidão imaculada
que com carícia não se cura
com boa palavra não se cala
a efêmera presença, átomo frio no peito
hidrogênio, oxigênio rarefeito que aquece
ou finge que aquece aquele que ousa
lhe aceitar assim, sem a chama de verões
ou de lugares comuns, sem maiores anseios
do que aqueles de gelo sob incandescente sol
felizes e impuros com a sublimação.
desejo, solitude, afã, amor
mistério, riqueza, seja lá o que for
só ofereço solidão imaculada
que com carícia não se cura
com boa palavra não se cala
a efêmera presença, átomo frio no peito
hidrogênio, oxigênio rarefeito que aquece
ou finge que aquece aquele que ousa
lhe aceitar assim, sem a chama de verões
ou de lugares comuns, sem maiores anseios
do que aqueles de gelo sob incandescente sol
felizes e impuros com a sublimação.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
sexta-feira, 3 de junho de 2011
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