quinta-feira, 9 de junho de 2011

nada de novo trago a lhe propor
desejo, solitude, afã, amor
mistério, riqueza, seja lá o que for

só ofereço solidão imaculada
que com carícia não se cura
com boa palavra não se cala

a efêmera presença, átomo frio no peito
hidrogênio, oxigênio rarefeito que aquece
ou finge que aquece aquele que ousa

lhe aceitar assim, sem a chama de verões
ou de lugares comuns, sem maiores anseios
do que aqueles de gelo sob incandescente sol
felizes e impuros com a sublimação.

Nenhum comentário: