sexta-feira, 24 de outubro de 2008

o furo é mais embaixo



Esperamos a próxima tragédia. Desde que tenha público, bom lugar para posicionar as câmeras, fácil acesso, posto para curiosos, um pátio, ou jardim para o pessoal da imprensa esticar pernas e bocas. Uma boa cobertura, vários ângulos, TV com papel de polícia, polícia com papel de vítima, delinquente com papel de estrela principal, vítima como figurante e o público pagando com sua irreprimível necessidade de aliviar as próprias tensões na dor e na desgraça do vizinho.

Tudo pode, só não no meu!
Imagino cobeturas espetaculares em tempos de Gengis Kahn ou César, muito mais apelo, até porque a declaração universal dos direitos humanos ainda não tinha sido escrita e não era tão imoral rir da infelicidade alheia. Haja estômago para ser humano, viu?!

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