quinta-feira, 23 de setembro de 2010

a d o l e s c e n t e

A beleza infantil de fagulha acesa
Bermuda preta
Quem sabe até feia.
Meu coração, ao deparar-se com uma musa, não conhece estéticas.
Não queria sorvê-la, desejá-la ou tê-la.
Só dizê-la.
Contar a si de si e de tudo que emana com tanta euforia e certeza.
Mesmo pudente, num corpo recalcado,
Tímida, corpulenta,
Sóbria ou rígida,
Precisaria saber de tudo isso que eu sei,
Nesta sutil passadela de olhar entre as cortinas do desejo
e as vilanias do apreço.
Despido de qualquer conduta,
ou advertências de pai ou de mestre,
Posso afirmar sobre o corpo e a vida que passam:
Linda como a sombra dos astros numa noite clara!
Irradia elegância e beleza aos assomos de quem
desacordado em vida frenética se distrai.
Perplexo pela simplicidade de um brilho teso,
porque juvenil.

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