sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

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sem o olho do cajado
desci do morro velho
ano
novo
desalento.
súbito.
uma surra de pássaros
me revoou

derrubado entre galhagens
lá embaixo
soterrado
pelas boas coisas
que diz o tempo
adormeci

deixando passar
todo ciclo
365 dias
sem desejos ou previsões
somente destinos nulos
ao pé de uma montanha
de graças.

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