domingo, 12 de agosto de 2012

uma última poesia sobre pais:
o anti-herói
que cresce iluminado
pela bravata e pelo excesso
de zelo ou autoridade
deixando a morte como herança
e tantos outros ouros que
um dia também morrem
mas que ao menos ri
de forma destemperada
da minha desgraça iluminada
pelas pupilas de tantos outros
que me ignoram despreocupadamente
enquanto enterro meus dentes
agora quebrados
no barro úmido e batido
da pista de bicicross

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