segunda-feira, 29 de setembro de 2014

murmuro violão com os olhos fixos na janela, tateio entre a bruma e a escuridão da noite o prédio em obras que ergue-se a frente. já encobriu parte do sol e da paisagem e subirá ainda mais. no silêncio da segunda-feira fito sem trégua a construção, precária combinação de tijolos, concreto e patamares provisórios de madeira. procuro algum evento místico que me obrigue a desacreditar no progresso, uma subversão que ponha tudo ao chão, uma seita de operários, um crime ocultado no cimento, fantasmagoria qualquer. não aguento mais ver e fazer crescer esse monstro! (ao som de minhas trilhas sonoras)

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