segunda-feira, 11 de março de 2019

comboio

bebo uma cerveja no posto. gosto da moldura que o logo da Shell confere à paisagem: marítimo vulcânico flamejante. um senhor negro, com sotaque da fronteira, passa pedindo trocados a um grupo de jovens que discutem sobre motores. eles enxotam o cara. eu o conheço, já me contou sua história "n" vezes pelas nossas noites em trânsito. está de passagem. talvez por isso a história mude a cada versão. não o condeno, também sou um camaleão que sonha em cair da cama e virar o rei da floresta.

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