quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Henrique me convidou para assistir Duna e nos tocamos para o shopping ex-iguatemi caxias. estava uma noite agradável e pensei em comer algo na parte externa, onde as únicas opções são as franquias de galeto e do madero. não apeteceu e acabamos comendo na zoeira da praça de alimentação, onde a comida é mais em conta, ao preço do desconforto e do calor, da aglomeração e da insalubridade acústica. o sistema é assim, o diferenciado (blergh) tem seu custo (burguer gourmet e o caraca). depois de comer, ainda faltava meia hora para a sessão e pensei em dar um tempo nas mesinhas do madero na rua, ao preço de uma cerveja ou uma água. lá fui eu encarar aquele imenso totem tela eletrônica para pedir uma simples cerveja, um trambolho cafona e opressivo, além de absurdamente desnecessário. ao final do suplício do preenchimento, quando tive que escolher o nome para avisarem a entrega, pensei em fazer aquele famoso trote telefônico de escolher uma alcunha cacofônica ou bizarra só para sacanear geral (logo me dei conta que ninguém sequer perceberia e desisti da subversão infantil). entrei no contêiner e após demora padrão acessei a lata de cerveja que estava absolutamente quente. reclamei e o cara disse que o chopp estaria mais gelado (além de bem mais caro). pensei em dizer: nossa! vou lá no totem me divertir um pouco e tentar fazer um estorno, mas o cara não tem culpa, ainda mais terça de finados, quase dez da noite. acabei tomando o chá de cevada com uma imensa saudade de um boteco em frente a um cinema de calçada. olhei para o Henrique com aquele ar de tio saudosista pensando em rememorar o que foram essas vivências do passado, mas já sou ranzinza demais e preferi não estragar nossa noite mágica. curtimos o filme, a experiência sensorial está ecoando até agora, e a cerveja do freezer do gnc estava tinindo!

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