desde que moro
no pátio vazio desse teatro
tenho tempo e reflito:
embora tranquilo
bem iluminado
bela vista do humano e do astro
bronze finamente esculpido
esteticamente relevante
apesar de tudo,
não mais me lêem ou interpretam
sou como um Shakespeare
exilado
numa linda e exuberante
estátua de chumbo
que não é,
de longe
minha melhor tradução
uma forma que sorri
embeleza
e dá forma
ao paisagismo do pátio,
mas cujas letras,
obras,
permanências
e ousadias
jazem tortas
nas cabeças
enuveadas
dos meus filhos de sangue
e de palco
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
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