sexta-feira, 27 de julho de 2012

não
eu não escrevo
mais frequentemente
quando estou triste
em estado de mágoa
ou desamparo
é só minha morte
que ruma
e se configura
mais literária
(sem melodrama)
enquanto rabisco
em lenço enlameado
tudo que deixei
de te dizer
(cachorra!
ou seria
perdoa?)

(talvez essa seria
a diferença entre
eu e o poeta
sua expressão
mais direta
e precisa
ao que
de fato está
em voga
a universalizar-se)

ah! se eu te pego.

(pra quê tanto parêntesis?)

e tanto parente, então?

bem pior.

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