segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

quando não é um caminhão lixeiro que me tira da cama do sétimo andar, no sétimo sono, para atirar-me ao contêiner animado do consumo metropolitano, é o subgrave de uma saveiro que faz trepidar da janela a cama, passando por meu coração, rins, intestinos e espírito. respiro tonto, em sono profundo, finjo que deleito a vida intrépida da cidade. a noite é criança estúpida e desajustada, eu insone traiçoeiro. com hábitos de saúde, mas à espreita de um instante a mais de inconsequência, ou inconsistência na palavra ou no verbo. a verve deitou-se em prolongado inverno. sem aberturas. sem descobertas. tonta e alheia ao fogo fátuo e seus mistérios pós sonho lúcido. 

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