quarta-feira, 17 de julho de 2019

não sei competir, deficiente para essa sociedade. mutilo quem educo, embora a hipocrisia da ética afague meu ego, me ajude a dormir. crio leões como se fossem cordeiros, a poesia é seu pelo. ou couro duro. crio para o escuro como se a arte fosse necessária. não crio canalhas, cultivo párias. produtividade não me seduz, eficiência não me ilumina. prefiro a sina do enviesado, do que a culpa do penitente. sou gente, apesar de tudo. sou tosco e mudo quando o assunto exige publicidade. sou pela metade, incompleto e doce, quem dera ser rude, perfeito e tenro. um chester, um tender, um célebre sonho de juventude. já envelheci de tanto aceitar aquilo que não desejo. o que cega desdenho, o que ameaça não vejo. palco iluminado, prego no centro.

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