segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

ida a Zaratustra

Entre tantos lixos cósmicos um momento de torpor transcendental. Retícula, ou segundo de Lua Nova, entre nuvens, entre sais de gelo rarefeito, quase liquefeito, perfeito. Entre nuvem, entre sol, entre galáxia, seja sábia, seja breve, seja saciadora. Não agüentamos mais Fugazi, fajutos, ou verdadeiros, nem Coca-colas, ou Pepsis, enigmas de pirâmides ou Jersey´s new. Pode parecer platônico, pode soar anêmico, total delírio atômico, ou bomba de anti-mercantilismo, anti-colonialismo, anti-bacterindecididismo. Não é causa alguma! Apenas um cansaço de tantas hipérboles cosmopolitas, suas auto-suficiências bem organizadas, esses ideais... Por mais que soe breve, é uma cólica intensa, enrijece os músculos, propaga o estômago para frente, é ânsia! Joguei-me no momento, a ilha que percorreu, talvez, corpo de Buda ou de Cristo, a impermanência, ou a própria consagração do instante. Mas o que fazer com tanto? Ou para tanto? Salvo conduto do homem, o erro, talvez, seja mais importante. Aboliram o espelho do dicionário e os reflexos de todas as águas. Sou, nu e cru, tu.

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